Natação para bebês: os inúmeros benefícios e as dicas essenciais
As aulas de natação para bebês proporcionam muitos benefícios, como auxiliar e estimular o desenvolvimento motor e cognitivo. No entanto, alguns pais ainda têm dúvidas sobre quando colocar os filhos na piscina e quais são esses benefícios.
Portanto, fica a pergunta: quando o bebê pode começar?
A natação para bebês é uma atividade que pode ser iniciada bem cedo. Por isso, é recomendada a partir de 6 meses de idade, quando o bebê já tomou as principais vacinas e o duto do ouvido está bem desenvolvido, diminuindo o risco de infecções.
Antes, sobretudo, vale a pena conversar com o pediatra que acompanha essa criança, para se certificar de que a atividade é segura para ela. As orientações podem variar de acordo com condições específicas de cada bebê, porque cada um deles apresenta características muito distintas.
Quanto mais cedo o bebê entrar na piscina, certamente, mais facilidade ele terá para nadar. O reflexo natatório é mais forte no primeiro ano de vida. No entanto, esse reflexo vai sendo esquecido e fica mais difícil, depois, que ele possa relembrar esses movimentos.
Assim, devemos incentivar a prática de aulas desde o início.
“A intenção de colocar o meu filho na natação foi para que ele tivesse uma atividade física direcionada, com orientação profissional e contato com outras crianças da mesma idade. Além disso, para que fizesse uma atividade diferente com a mamãe e tivesse familiaridade com a água”, conta Mayra Moura, mãe do Emanuel, que começou a nadar com 7 meses.
Qual é o tempo ideal de aulas de natação para bebês no início?
O tempo ideal das aulas de natação para bebês é de 30 minutos, porque o sistema de regulação de temperatura deles ainda não se encontra bem desenvolvido e a capacidade de atenção é mínima.
As aulas devem ser ser orientadas por um professor especializado, que tenha um planejamento baseado em conceitos pedagógicos bem definidos.
Até os 2 anos, a presença de alguém de confiança do bebê, principalmente a mãe ou o pai, é fundamental, pois, durante as aulas, é estimulado o vínculo entre eles. Após essa idade, as aulas de natação podem ser realizadas sem o auxílio de um acompanhante e com turmas reduzidas.
E quais são os benefícios das aulas de natação para bebês?
Nas aulas de natação para bebês, portanto, os principais objetivos são:
- Socialização.
- Adaptação ao meio líquido.
- Desenvolvimento de habilidades sociais e motoras.
- Cuidado com a saúde.
Com o passar do tempo, o bebê, certamente, também pode alcançar outro objetivo: sobrevivência na piscina.
As aulas auxiliam e estimulam o desenvolvimento motor e cognitivo. Os exercícios praticados na água promovem fortalecimento da musculatura, trabalham o equilíbrio e a coordenação motora, auxiliando, portanto, no processo de aprender a engatinhar e a andar.
Geralmente, as aulas de natação para bebês têm músicas, o que as torna mais recreativas e lúdicas, exercitando a memória. Isso ainda resulta no aumento do vocabulário do bebê.
Aos poucos, com a prática das aulas, os pais já percebem as mudanças.
“Após iniciar as aulas, o Emanuel ficou mais responsável. Começou a guardar os brinquedos depois de usar, aprendeu músicas novas, se mostrou muito interessado em ‘conversar’ com outras crianças. Teve um comportamento mais tranquilo na hora do banho, ao molhar a cabeça e ao mergulhar na piscina do prédio, porque aprendeu isso nas aulas”, emenda Mayra.
É o que se chama de “educação por meio da natação”, quando as aulas vão muito além do aprender a nadar.
As aulas de natação para bebês ainda podem trazer outros benefícios:
- Melhorar a postura.
- Proporcionar noções de espaço e tempo mais assertivas.
- Melhorar o condicionamento respiratório.
- Melhorar a qualidade do sono.
- Estimular o apetite.
- Relaxar.
As aulas preparam a criança psicológica e neurologicamente para o autossalvamento. Por isso, não se pode deixar de levá-las em consideração, principalmente, como prevenção de afogamentos.
Muitas crianças chegam nas aulas com dificuldades, como relata Felipe Diniz, pai do Mathias, que começou a nadar com 2 anos.
“Ele tinha muita dificuldade em aceitar a água no rosto, e vejo que, com a passar das aulas, está cada vez melhor e mais adaptado ao meio líquido e às coisas que ele traz. Justamente porque está gostando cada vez mais de nadar.”
Mais benefícios das aulas de natação para bebês
A natação, afinal, ajuda no desenvolvimento global da criança.
Em julho de 2017, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) publicou o Manual de Orientação sobre Atividade Física na infância e adolescência, atrelado a uma recomendação geral:
“Ser fisicamente ativo todos os dias é importante para a promoção da saúde integral de crianças e adolescentes. É fundamental que as atividades sejam prazerosas e adequadas ao estado individual de crescimento e desenvolvimento da criança e do adolescente.”
Dicas que você precisa manter no radar
- Escolha a escola de natação apropriada e preparada para receber o seu bebê.
- É necessária atenção à forma de tratamento da água, com preferência para ozônio ou sal, porque, assim, se evita alergias.
- Utilize fraldas especiais para piscina para evitar escapes.
- Estimule o bebê durante o banho. Deixe cair água no rosto dele, na cabeça. Evite a utilização de banheira e estimule o banho no chuveiro sem a utilização do chuveirinho.
- Leve sempre roupão ou toalha para o recinto da piscina.
- Ao término da aula, seque bem a criança com a toalha. Dê um banho rápido, com água morna para retirada dos produtos de tratamento da água.
- Em dias mais frios, evite mudança brusca de temperatura. Antes de sair para a rua, aguarde alguns minutos na recepção para que o corpo se adapte à temperatura. Uso de toucas e agasalhos também é uma boa.
- Após a aula, ofereça um suco de fruta natural ou uma fruta para repor as energias gastas no exercício. Se a mãe ainda amamentar, pode oferecer o seio durante a aula ou logo depois.
Vale destacar: quanto mais cedo começar, maior será o repertório motor e emocional do bebê, o que auxiliará em um crescimento saudável. Portanto, você terá uma criança mais feliz.
Mas lembre-se: é sempre importante conversar com o pediatra da criança antes de iniciá-la no esporte.
Siga a Metodologia Gustavo Borges nas redes sociais:
Instagram: @metodologiagb
Facebook: /metodologiagb
YouTube: @metodologiagb
Telegram: t.me/swimpartymgb
Twitter: @metodologiagb